Vinho do Douro
Enologia
Hoje em dia existem formas distintas de vinificar vinho “Douro”. A tradicional, elaborada em lagar – recipiente de pedra largo e pouco profundo – que produz vinhos com maior extracção de cor e taninos, o que lhes confere, de uma forma geral, um bom potencial de envelhecimento; por outro lado, existe uma mais moderna, que tem registado um considerável aumento, e que utiliza cubas de inox com controlo de temperatura, produzindo assim vinhos mais elegantes e onde os aromas do vinho são melhor preservados.
Há produtores que, para atingirem uma maior complexidade nos vinhos, usam ambos os métodos de vinificação.
Tem-se verificado também uma evolução na forma de maturação do vinho antes deste ser engarrafado; tradicionalmente utilizavam-se grandes vasilhas de madeira usada, recipientes que têm vindo, gradualmente, a ser substituídos por cascos novos de carvalho de menor volume, ou então por cubas em inox.
Vinhos Tintos
São vinhos produzidos a partir de castas autóctones como a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (Aragonez), Tinta Barroca e Tinto Cão. A grande maioria dos vinhos resulta de um lote de várias castas, com uma complexidade e riqueza ímpares, que lhes imprimem um perfil característico do Douro. Existem ainda bons exemplos de vinhos monovarietais, produzidos apenas com uma casta, principalmente das três primeiras.
Tintos para consumir jovens: A maioria apresenta uma cor rubi e aromas de frutos vermelhos como framboesas e morangos, que podem ser complementados por notas florais e de madeira. Têm corpo médio e adstringência equilibrada. Os “Douro” jovens serão apreciados em todo o seu esplendor se consumidos nos primeiros anos após a vindima. Entre estes vinhos encontram-se os tintos mais adequados para acompanhar pizzas, massas, bacalhau ou pratos de carne pouco elaborados. Devem ser servidos entre os 13º e os 15 ºC.
Tintos de guarda: Têm boa profundidade de cor e aromas complexos e intensos. Quando novos, é comum surgirem notas de frutos pretos, chocolate, balsâmicas, violeta e madeira, sendo vinhos de grande estrutura e com taninos persistentes. No seu apogeu, que pode levar quase uma década a atingir, apresentam aromas delicados e subtis mas de grande complexidade. Na boca o vinho amacia mas mantém-se equilibrado. Uma parte significativa dos vinhos de guarda produzidos no Douro apresenta no rótulo a designação Reserva ou Grande Reserva.
Vinhos Brancos
No Douro existem grandes vinhos brancos para serem descobertos.
Os vinhos secos são produzidos por lotação de várias castas como a Malvasia Fina, o Viosinho, o Gouveio e o Rabigato.
Brancos para consumir jovens: De cor pálida, com refrescantes aromas a fruta (citrinos e outros frutos de árvore) e florais, na boca são equilibrados mostrando a sua juventude. São um bom acompanhamento de pratos de peixe, saladas, podendo ainda ser bebidos como aperitivos. Devem ser consumidos a uma temperatura entre os 8º e os 10 ºC.
Brancos de guarda: Apresentam boa intensidade aromática e boa complexidade e geralmente Entradafermentam ou estagiam em madeira, apresentando nesses casos uma cor dourada e aromas tostados e de fruta tropical. No palato são cheios e persistentes. Acompanham bem pratos de peixe gordo como o salmão ou o bacalhau, podendo também ser servidos com frango ou coelho acompanhados de molhos suaves. A maioria destes vinhos ostenta a designação Reserva e Grande Reserva e devem ser servidos a uma temperatura que ronde os 12 ºC. Poderá guardá-los alguns anos até os consumir.
Vinhos Rosados
Acompanhando a tendência de consumo a nível mundial, a região do Douro tem visto nascer um número cada vez maior de vinhos rosados. Estes vinhos produzidos a partir de uma maceração ligeira de uvas tintas, apresentam uma bela cor rosada e exuberantes aromas jovens de framboesa, cereja e rebuçado. Na boca, entusiasmam pela sua suavidade, doçura e acidez.
São óptima companhia para um aperitivo no verão, assim como se conjugam na perfeição com a gastronomia de fusão e a oriental, como a japonesa (sushi), indiana ou do sudeste asiático (tailandesa e vietnamita). Devem ser consumidos enquanto jovens (1 a 2 anos) e servidos ligeiramente frescos, entre 10º e 12º C.
Outros vinhos do Douro
Com menos expressão dos que os restantes vinhos, podemos ainda encontrar, sobretudo nas cotas mais altas, produtos com características particulares como o Moscatel do Douro, o Espumante do Douro (VEQPRD) e vinho novo (vinho da última vindima), bem como o Colheita Tardia, elaborado com uvas em sobrematuração por acção da podridão nobre.
Fonte IVDP
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